Um paraíso para quem ama a vida selvagem e a natureza em estado intocado, as Ilhas Galápagos guardam maravilhas que você não encontrará em nenhum outro lugar do planeta. O isolamento geográfico permitiu que as espécies de Galápagos evoluíssem sem predadores humanos, tornando-as incrivelmente mansinhas e curiosas perto de nós. É comum caminhar por uma trilha e deparar com leões-marinhos dormindo nos bancos, iguanas se aquecendo nas pedras ou tartarugas-gigantes cruzando o caminho – todos totalmente indiferentes à presença humana.
Atobás-de-pés-azuis, pinguins-das-galápagos e muitas outras criaturas incríveis também habitam esse arquipélago. Essa biodiversidade única fez com que as Galápagos recebessem o título de Patrimônio Mundial da UNESCO.
Você pode optar em conhecer as ilhas em cruzeiros de pequeno porte com duração de vários dias, ou em explorar por terra, pegando balsas para se locomover entre as ilhas.
Em ambos os casos, é obrigatório estar acompanhado de um guia certificado nos pontos de visitação dentro do Parque Nacional, que abrange 97% da área terrestre das ilhas.
A época mais popular para visitar as Ilhas Galápagos é durante a estação quente, de dezembro a maio. Nesse período, há pouca chuva, e as temperaturas do ar ficam entre 30°C e 34°C – tornando o mar perfeito para nadar e fazer snorkel.
A estação mais fresca, de junho a novembro, traz ventos mais fortes e temperaturas mais amenas, mas ainda é uma ótima época para conhecer o arquipélago.
Como as ilhas estão próximas à linha do Equador, é possível aproveitar cerca de 12 horas de luz solar por dia durante o ano inteiro.

Embora o território seja relativamente pequeno, a combinação de fatores como altitude, correntes oceânicas e relevo cria até 6 microclimas distintos em Galápagos.
O ideal é passar pelo menos uma semana, sendo quatro ou cinco noites o mínimo recomendado. Com duas semanas, é possível fazer uma exploração mais aprofundada. Nos cruzeiros, as travessias entre as ilhas geralmente acontecem à noite — o que otimiza o tempo de passeios durante o dia.
As ilhas ficam a cerca de 960 km da costa do Equador continental. As companhias Latam e Avianca tem voos diários de Quito ou Guayaquil até os aeroportos de Baltra ou San Cristóbal.
É importante lembrar:
✦ Há regras agrícolas rígidas, com inspeção e formulário obrigatório na chegada.
✦ É necessário pagar:
US$ 20 pelo Cartão de Controle de Trânsito
US$ 200 de entrada no Parque Nacional (em dinheiro, na chegada)
Para se locomover:
✦ Cruzeiros (do básico ao luxo) incluem atividades como snorkel, trilhas, caiaque e mergulho.
✦ Viajantes independentes podem se hospedar em Santa Cruz, San Cristóbal e Isabela.
✦ O deslocamento entre ilhas pode ser feito por balsa (US$ 30–60) ou pequenos aviões.
Passeios (de meio período ou dia inteiro) exigem guia certificado. Para explorar as cidades, você pode andar a pé, pegar táxi ou alugar bicicleta.

O que fazer nas Ilhas Galápagos?
- Ver atobás-de-pés-azuis em trilhas guiadas
Ex: Ilha North Seymour — onde você caminha entre cactos e árvores de palo santo e observa aves, iguanas e leões-marinhos. - Fazer snorkel com pinguins na Ilha Bartolomé
Um dos melhores lugares para nadar com a vida marinha!
Dica: leve sua própria máscara de snorkel se quiser mais conforto. - Mergulhar (SCUBA) na Reserva Marinha das Galápagos
Um verdadeiro sonho para mergulhadores experientes!
Você pode ver: arraias-jamanta, tubarões-martelo, cavalos-marinhos, tartarugas-gigantes marinhas e muito mais. - Visitar a Estação Científica Charles Darwin (Santa Cruz)
Veja exposições sobre a biodiversidade e história natural das ilhas. Faça o tour pela Ruta de la Tortuga, onde você encontrará tartarugas-gigantes em ambiente natural.
Quanto custa viajar para as Galápagos?
O Equador usa o dólar americano, mas as Galápagos têm poucos caixas eletrônicos — leve dinheiro em espécie, especialmente trocado. É costume dar gorjetas para guias e tripulações. Viajar para as Galápagos pode ser uma experiência transformadora — mas é importante planejar o orçamento com cuidado, já que se trata de um destino remoto e altamente protegido.
Além disso, os gastos variam bastante de acordo com o estilo de viagem escolhido:
- Hospedagem econômica: entre US$ 40 e US$ 100 por noite
- Hospedagem de luxo: entre US$ 500 e US$ 1.000 (ou mais) por noite
- Refeições: em média de US$ 20 a US$ 40 por dia
- Ferry entre ilhas: US$ 30 a US$ 60 por trecho, dependendo da rota
- Cruzeiros (liveaboard): variam de US$ 2.000 a US$ 20.000, dependendo do número de dias e padrão da embarcação
- Passeios guiados (meio período ou dia inteiro): variam de US$ 60 a US$ 250
Esses valores são uma base para você se planejar — sempre vale consultar um roteiro sob medida, na Use Viajar e Celebrar, oferecemos experiências personalizadas com curadoria e segurança para que sua viagem às Galápagos seja leve e com propósito!

Por aqui, estar cercada por tamanha biodiversidade faz você se sentir parte, estando vivo, vivendo história, sendo natureza. Às vezes esquecemos, mas não estamos fora da natureza — somos parte dela. Em meio ao vai e vem da rotina, muitas vezes nos desassociamos. Esquecemos que pertencemos ao mesmo ciclo, à mesma dança da vida. Mas basta um mergulho em Galápagos — no azul do mar, no olhar de um leão-marinho, no som do vento entre os cactos — para lembrarmos que não estamos separados dela. Nós somos natureza.
Poucos lugares do mundo você pode nadar lado a lado com tubarões-martelo, arraias-jamanta, tartarugas-gigantes marinhas, pinguins e leões-marinhos — tudo em um único mergulho. As Ilhas Galápagos estão localizadas na confluência de três correntes oceânicas, o que cria um ecossistema riquíssimo e vibrante, onde a vida marinha é abundante, diversa e surpreendentemente acessível ao olhar humano.
Mas não é só sobre o que você vê: é sobre como você se sente. Mergulhar em Galápagos é sentir que você está visitando um mundo que quase nunca vê a presença humana, onde a natureza segue seu ritmo ancestral, indiferente a quem a observa. É uma experiência que transforma o silêncio do fundo do mar em uma conexão profunda com a vida selvagem.
Quando Charles Darwin desembarcou nas Ilhas Galápagos em 1835, ele ainda não sabia que essas terras remotas mudariam para sempre a forma como o mundo entenderia a vida. Observando atentamente os
animais — suas sutis diferenças de uma ilha para outra, seus comportamentos, sua adaptação ao ambiente — Darwin deu os primeiros passos rumo à Teoria da Evolução.
Quase dois séculos depois, estar em Galápagos ainda provoca o mesmo efeito: a sensação de que tudo está conectado. Que somos parte de algo maior. Que a vida, em sua forma mais pura e selvagem, é sábia, resiliente, mágica.
Aqui, a natureza não está contida — ela é livre. Os animais não fogem de você. Eles te olham. Te aceitam. Te ensinam. E chamam você para dançar! E nesse contato direto e inspirador, algo dentro da gente também evolui.
Galápagos não é apenas um destino para se visitar.
É um lugar para se transformar.
É um lembrete de que, como Darwin percebeu, tudo na vida está em constante adaptação. Inclusive nós.
Ana Barbieri, Galápagos, 30/03/2025.